Biografia de Antonio Castro Alves

Tinha 24 anos (1847-1871). Antonio Castro Alves foi um expoente do romantismo literário brasileiro. Como poeta brasileiro, ele fazia parte da chamada terceira geração de românticos e focava em temas humanos, históricos e sociais. Trouxe suas posições morais e políticas para a poesia, lutando contra a escravidão, o tráfico de escravos e pelo abolicionismo. Sua produção poética, classificada como poesia social, e ele foi apelidado de "O Poeta dos Escravos". Usou uma linguagem ousada e dramática para expor o opróbrio da escravidão e a ausência de justiça. Como bom romântico, o amor também esteve muito presente em suas obras, além de um interesse pela sátira. Sua apreciação e reconhecimento popular como poeta foram cruciais para a promoção do Projeto de Lei da Barriga Livre, que liderou e exigia a proibição da escravidão de filhos de escravos nascidos a partir de então. Foi um admirador confesso de Victor Hugo, o poeta francês que teve grande influência sobre ele. Sua morte precoce, aos 24 anos, interrompeu uma carreira curta, mas intensa, que prometia transcendê-lo ainda mais. Ocupou a cadeira número 7 da Academia Brasileira de Letras.

14/03/1847

Antonio nasceu em Curralinho, que hoje leva o nome de Castro Alves, em homenagem a ele. A cidade fica localizada na Bahia, Brasil. Seu pai era médico e professor.

1854

A família estabeleceu-se em Salvador, pois seu pai havia sido contratado como professor na Faculdade de Medicina.

1859

Sua mãe morreu quando ele tinha apenas 12 anos.

1860

Manifestou seu talento poético durante uma festa escolar, recitando um poema que surpreendeu e encantou o público presente.

1862

Mudou-se para a cidade do Recife com o pai e a nova esposa. Durante esse período, absorveu as ideias abolicionistas e republicanas que marcaram profundamente sua vida pessoal e profissional. Estas ideias foram a semente que mais tarde levou à sua luta incansável contra a escravidão. Estudou direito na Universidade de São Paulo, onde se destacou como um dos líderes estudantis. Iniciou sua carreira literária com publicações como ‘A Destruição de Jerusalém’ no Jornal do Recife, seguido por um comovente poema sobre a escravidão em ‘A Primavera’. Seu poema ‘O Navio Escravo’ tornou visível a tremenda opressão sofrida pelos escravos. Apesar de também escrever sobre amor e outros temas, os problemas sociais, especialmente a escravidão, capturaram sua atenção.

1863

Conheceu e casou-se com Eugenia Cámara, uma atriz de teatro, poetisa, escritora e tradutora, que era dez anos mais velha. Conheceram-se durante a apresentação da peça ‘Dalila’ no Teatro Santa Isabel. Separaram-se cinco anos depois, em 1868.

1866

Após a morte de seu pai, como o filho mais velho aos 19 anos, assumiu a responsabilidade pelos seus cinco irmãos menores. Conheceu o emblemático escritor Joaquim Maria Machado de Assis, que o ajudou a ingressar no meio literário da época.

1868

Durante uma atividade de caça, sofreu um acidente de tiro que resultou na amputação de seu pé esquerdo, o que complicou progressivamente sua saúde.

1870

Publicou ‘Espumas Flutuantes’, a única obra editada em vida, que se caracterizou pelo caráter lírico dos poemas.

07/06/1871

Protagonizou e liderou a campanha em favor do Projeto de Lei da Barriga Livre, que exigia a proibição da escravidão para filhos de escravos nascidos a partir de então.

Faleceu aos 24 anos, na cidade do Rio de Janeiro, em decorrência da tuberculose.

Autor: Editorial.