Nascido em Lisboa, Portugal, Fernando António Nogueira Pessoa perdeu o pai, funcionário do Ministério da Justiça e crítico musical, aos cinco anos, devido à tuberculose. Um irmão também faleceu antes de completar um ano. Aos sete anos, após o novo casamento de sua mãe com um diplomata, mudou-se para Durban, na África do Sul, onde foi educado em inglês e escreveu seus primeiros poemas nesse idioma.
Aos 17 anos, após retornar a Portugal, Pessoa morou com duas tias e a avó. Ingressou no curso de Filosofia e Letras, mas não pôde concluir devido ao fechamento da instituição por protestos estudantis.
Após herdar dinheiro de sua avó, investiu em uma gráfica, mas o negócio não prosperou. Voltou a viver com a mãe, recém-viúva, por um tempo.
Escreveu “Os 35 Sonetos Ingleses”, publicados apenas em 1918, e posteriormente em português, em 1974. Este é considerado um de seus trabalhos mais admiráveis.
Trabalhou como editor e tradutor em várias publicações, incluindo a revista Orpheu, que só teve dois números, e Atena, dirigida por ele. Foi membro do grupo Orpheu, que visava renovar as letras portuguesas.
Publicou seu primeiro livro de poemas, “Antinous”, em inglês.
Publicou “Mensagem”, o único livro de poemas em português que editou em vida.
Pessoa criou pseudônimos, cada um com uma biografia e estilo próprios, por razões pessoais e particulares, evitando usar sua própria identidade. Seus heterônimos mais famosos são Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Através deles, escreveu obras como “Poema em Linha Reta” e “Lisboa Revisitada”, que criticavam a sociedade de sua época.
Faleceu em Lisboa aos 47 anos, devido a cirrose causada pelo consumo excessivo de álcool. Desde 1985, seus restos mortais repousam no Mosteiro dos Jerónimos de Santa Maria de Belém, em Lisboa, onde também estão o navegador Vasco da Gama e o poeta Luís de Camões.
Autor: Editorial.