Nasceu na cidade de Königsberg, então parte do território da Prússia Oriental, e sua capital, em uma família que se dedicava ao artesanato em couro. Seus pais lhe incutiram uma profunda fé católica e extremo dogmatismo no ensino. Chamavam-no de Emanuel, mas quando estudou hebraico, decidiu mudar seu nome para Emanuel.
Estudou teologia, medicina, filosofia e ciências na Universidade Albertina de Königsberg.
Abandonou a carreira para cuidar do pai que adoecera gravemente, porém, continuou sua formação de maneira autodidata.
Começou a trabalhar como professor de filosofia, matemática, ciências naturais e ética.
Destacou-se por suas definições claras e originais nos campos da filosofia e da pedagogia…
Defendeu a posição empírica que postulava que o conhecimento resulta da experiência sensível das coisas.
Foi um fervoroso admirador de Jean-Jacques Rousseau e apoiou sua crença de que é o homem quem constrói seu próprio conhecimento e isso é o que a educação faz dele.
Ele enfatizou a necessidade de receber uma formação cultural e moral que aproximasse o indivíduo da perfeição.
Ele sustentou que, precisamente, o que o distingue do resto dos seres vivos é a razão e a moralidade. O homem não será capaz de se tornar um verdadeiro ser sem educação.
Por outro lado, promoveu a educação física, que envolve cuidados físicos, e a educação prática ou moral, inspiradora e caminho certo para alcançar a liberdade.
Ele fez inúmeras contribuições ao pensamento pedagógico iluminista, no entanto, uma dessas grandes contribuições foi superar a contradição entre as posições opostas oportunamente levantadas por seus colegas, Descartes (todo conhecimento é inato), e Locke (todo conhecimento vem da experiência).
Segundo Kant, algumas coisas são inatas, como a noção de espaço-tempo, visto que não existem como realidades fora da mente, mas apenas como formas de pensar as coisas apresentadas pelos sentidos, e que o conhecimento do mundo externo vem da experiência sensível das coisas.
Para Kant, o aluno é quem deve realizar a sua educação, para corresponder à natureza. O verdadeiro objetivo do homem é desenvolver-se completamente por si mesmo.
Entretanto, para alcançar a perfeição é necessária disciplina, qualidade que dominará as tendências instintivas, a formação cultural e a moralização, e que formará a consciência do dever e da civilização.
Ao contrário de Rousseau, ele pensava que o homem não pode ser considerado totalmente bom, embora possa melhorar-se através do esforço intelectual permanente e do respeito às leis morais.
Foi professor de Lógica e Metafísica na Universidade Albertina.
Publicou sua obra mais famosa e mais longa: Crítica da Razão Pura, que continuou com edições das continuações complementares: Crítica da Razão Prática (1788) e Crítica do Julgamento (1790).
Junto com essas publicações, cresceu sua fama como estudioso e, da mesma forma, cresceram as críticas de algumas instituições (a igreja e o governo prussiano) a respeito de suas posições e formulações, por sentirem que seu poder estava ameaçado.
Foi reitor da Universidade Albertina.
Faleceu com quase 80 anos, em consequência das consequências da arteriosclerose que progrediu progressivamente.
Não se casou nem teve filhos, porque, como diria, assumiu o compromisso de dedicar a vida ao pensamento.
A Igreja, com a qual mantinha especial rancor e confronto, incluiu a Crítica da Razão Pura na sua lista de obras proibidas.
Autor: Editorial.