Nasceu em Pernambuco como Luiz Inácio Lula da Silva, em uma família numerosa e muito pobre. Seus pais eram agricultores analfabetos, e ele viveu uma infância repleta de privações.
Aos 8 anos, começou a trabalhar para ajudar a cobrir as despesas da família. Trabalhou no cais de Santos como vendedor ambulante, engraxate e, na adolescência, como auxiliar de lavanderia.
Mudou-se para São Paulo com sua mãe e irmãos e concluiu a escola primária. Começou a trabalhar em uma metalúrgica e foi aceito em um curso de torneiro mecânico. Durante esse período, o Brasil experimentava um boom de desenvolvimento, com muitas empresas metalúrgicas sendo estabelecidas em São Paulo.
Perdeu um dedo da mão esquerda em um acidente de trabalho.
Ocorreu um golpe militar que instaurou um governo de facto, reduzindo as liberdades e a democracia a zero, e estabelecendo um sistema implacável de repressão.
Aproximou-se do Partido Comunista e começou a participar de reuniões sindicais, assumindo um lugar como substituto na liderança da guilda.
Sua primeira esposa faleceu grávida de 8 meses, vítima de uma hepatite agravada por anemia e pela ineficácia dos profissionais de saúde. O bebê também faleceu.
Reconstruiu sua vida amorosa e casou-se novamente com Marisa Letícia, com quem teve três filhos e adotou o filho dela.
Tornou-se presidente do sindicato. O clima político, social e trabalhista estava tenso devido à repressão do estado ditatorial, enquanto os sindicatos resistiam com o apoio de grupos de esquerda.
Liderou manifestações e greves, e sua figura política transcendeu a esfera sindical.
Foi preso e passou um mês na prisão. Quando foi libertado, retomou suas atividades sindicais e políticas. Fundou o Partido dos Trabalhadores (PT), que rapidamente atraiu estudantes, intelectuais, artistas, entre outros.
Foi eleito deputado federal por São Paulo, cargo que ocupou até 1991. Participou da Convenção Constituinte, promovendo a inclusão dos direitos à greve, à licença maternidade e à redução da jornada de trabalho.
Concorreu à presidência e foi derrotado por Fernando Collor de Mello, que mais tarde seria deposto por corrupção.
Presidiu o Instituto Cidadania, promovendo políticas públicas que seriam implementadas em seu futuro mandato presidencial, como o Plano Fome Zero.
Concorreu novamente às eleições presidenciais e foi derrotado por Fernando Henrique Cardoso.
Candidatou-se novamente à presidência e foi derrotado por Cardoso, que foi reeleito.
Foi eleito presidente do Brasil, o primeiro trabalhador e líder sindical a ocupar o cargo mais alto do país, derrotando o candidato apoiado por Cardoso.
Foi reeleito no segundo turno das eleições, derrotando Geraldo Alckmin, do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira).
Foi diagnosticado com câncer de laringe, do qual se recuperou após um ano de tratamento.
Foi ministro da Casa Civil por um ano durante a presidência de Dilma Rousseff.
Ficou viúvo novamente após a morte de sua esposa.
Foi preso no contexto do escândalo de corrupção envolvendo seu governo e a Petrobras.
Foi libertado após o Supremo Tribunal Federal declarar inconstitucional a prisão de réus condenados em segunda instância, uma decisão tomada pelo juiz Sergio Moro, que se destacou no combate à corrupção política.
Iniciou formalmente sua campanha presidencial. Anunciou que, caso retornasse à presidência, nomearia para o Ministério da Economia um funcionário com vasta experiência política, definindo uma missão clara e alinhada com os legisladores — uma condição essencial para o avanço de projetos nesta área. Desta forma, ele pretendia replicar as políticas de seu primeiro mandato presidencial (2002-2006).
Casou-se novamente, desta vez com a socióloga Rosangela, que é 21 anos mais jovem.
O tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, foi assassinado em Foz do Iguaçu durante a celebração de seu 50º aniversário, em uma festa temática que incluía imagens do ex-presidente Lula. Um agente penitenciário, armado, irrompeu no evento exclamando “Bolsonaro é quem manda aqui!” antes de se retirar temporariamente. Poucos minutos depois, ele retornou e começou a atirar, o que chocou todos os presentes.
Este incidente violento e inesperado reavivou a manifestação de violência política no Brasil, que não se via de forma tão explícita há muito tempo.
O Observatório de Violência Política e Eleitoral da Universidade do Rio de Janeiro emitiu um relatório estatístico alertando para uma escalada de violência na política: até agora, neste ano, foram registrados 214 episódios de violência, um aumento de 23% em comparação com a última campanha eleitoral em 2020.
A polarização entre os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e os de Lula atingiu níveis sem precedentes desde o retorno da democracia em 1985. Muitos analistas atribuem grande parte da responsabilidade por este clima tenso à retórica inflamada do presidente Bolsonaro e à sua política de flexibilização do porte de armas para civis.
Uma das primeiras figuras públicas a denunciar a violência dos seguidores de Bolsonaro foi a cantora Anitta, que declarou publicamente seu apoio a Lula através das redes sociais. Ela esclareceu que seu apoio não representa uma adesão ao PT ou a qualquer outra força política, mas sim um repúdio à violência associada a Bolsonaro e seu entorno.
Autor: Editorial.