Nasceu na cidade de Uskup, então parte do Império Otomano, região hoje conhecida como Macedônia do Norte.
Cresceu em uma família rica de etnia albanesa. Seu nome de batismo foi Anjezë Gonxhe Bojaxhiu, e ela adotou o nome religioso de Madre Teresa de Calcutá, pois seu trabalho se concentrava nessa cidade, capital do estado de Bengala Ocidental.
Seu pai, dedicado à política, faleceu em circunstâncias nebulosas quando ela tinha apenas 9 anos.
Sua mãe a educou firmemente na fé católica.
Frequentou a escola pública local e participava ativamente das atividades religiosas de sua comunidade.
Cantava no coro paroquial e era membro da congregação Sodalício de Nossa Senhora.
Desde cedo, manifestou sua vocação religiosa, admirando profundamente o trabalho dos jesuítas iugoslavos em Bengala.
Ingressou na Abadia de Loreto, integrante do Instituto da Bem-Aventurada Virgem Maria da Irlanda, onde estudou inglês antes de seguir para a Índia com o plano de expandir as obras dos jesuítas em Bengala.
Chegou a Calcutá, onde viveu até o fim de sua vida, totalmente dedicada a cuidar e ajudar os pobres e doentes.
Tornou-se freira, fazendo votos de castidade, obediência e pobreza.
Foi professora de geografia e história por mais de duas décadas na St. Mary’s High School em Calcutá.
Tornou-se diretora da St. Mary’s High School.
Dedicou-se exclusivamente à assistência aos mais necessitados, em meio à guerra entre hindus e muçulmanos na Índia, após receber autorização e apoio do papado.
Fundou a congregação Missionárias da Caridade na Índia, dedicando-se integralmente aos mais pobres, literalmente abandonados pelo Estado: crianças órfãs, idosos, refugiados, moradores de rua, leprosos, cegos, entre outros.
O suporte financeiro veio de contribuições de todo o mundo, sensibilizadas por sua causa e figura emblemática.
A maior parte da população do país é seguidora do Islã e do Hinduísmo, com apenas pouco mais de 2% de católicos.
Ela recebeu a nacionalidade indiana.
Sua congregação foi oficialmente reconhecida pelo Vaticano.
Recebeu o Prêmio Nobel da Paz pelo seu trabalho, destacando-se por sua ação caritativa não estar vinculada a nenhuma bandeira política ou ideológica. Durante a cerimônia, pronunciou um discurso onde se posicionou contra o aborto.
Para seus seguidores, ela foi movida unicamente pelo amor. Visitou inúmeros países, incluindo aqueles que não compartilhavam sua fé católica.
Sofreu um ataque cardíaco, necessitando de um marca-passo. A partir daí, sua saúde começou a declinar.
Ela foi grande amiga do Papa João Paulo II.
Foi homenageada na Casa Branca pelo então presidente Ronald Reagan.
Contraiu malária em Nova Delhi.
Faleceu na cidade de Calcutá, na Índia. Tinha 87 anos.
Recebeu um funeral de estado, comparável ao de um líder político importante, e foi sepultada na Casa Mãe das Missionárias da Caridade.
Seu túmulo tornou-se um local de peregrinação e oração para os católicos que visitam Calcutá.
Foi beatificada, um passo anterior à canonização.
Foi canonizada pelo Papa Francisco, 19 anos após sua morte.
Atualmente, estima-se que existam cerca de 4.500 mulheres em todo o mundo seguindo seu legado, atuando em cerca de 130 países.
Enfrentou críticas, especialmente quanto à gestão e origem dos fundos de sua congregação. O jornalista inglês Christopher Hitchens, em seu livro The Missionary Position: Mother Teresa in Theory and Practice, a descreveu como oportunista, apontando várias ações que, segundo ele, contradizem a imagem altruísta que procurava apresentar. Ele também a acusou de manter relações próximas com ditadores e empresários envolvidos em negócios questionáveis, além de nunca ter divulgado os registros contábeis de sua organização. Além disso, ela foi criticada por não promover o controle de natalidade e por oferecer condições básicas demais em seu hospital para casos graves, bem como por viajar de primeira classe e receber tratamento em clínicas privadas fora da Índia.
Autor: Editorial.